Não, não vou falar da história do edifício, nem porque é que foi construído, nem no projecto do SPA que se pretende ali implantar, nem as fantásticas vistas do cântaro ( & co) que se têm daquele local… isso vou deixar para outro dia.
O que vou abordar hoje é o perigo eminente que existe no interior deste edifício.
No outro dia desloquei-me aos Piornos para fazer umas fotografias panorâmicas da Serra e não resisti à tentação de entrar neste “mamarracho” que, o tempo e a natureza, estão escarregues de destruir…
Palmilhei o interior, ou melhor, o que resta dele, com o intuito de perceber um pouco como iria funcionar este ponto de partida do teleférico. Passei por vários espaços até que acedo ao ponto de largada das cabines. Que magnifica vista que se tem da Serra desde aquele ponto… Mas é neste local que descobri um autêntico perigo para os curiosos que, tal como eu, acedam ao edifício.
Numa das paredes desta zona do edifício, existe uma pequena porta que dá para um local digno de um filme de terror.
Penso que melhor que descrever o local é observar as imagens:
Digamos que quando entrei naquele espaço, perde-se completamente a capacidade de visão, até que os nossos olhos vão recuperando a capacidade para o que servem. E isso porquê? Porque este espaço está totalmente escuro e até que há uma “habituação” dos olhos àquela luminosidade, não se consegue ver absolutamente nada.
Eu por acaso já conhecia aquele local, já não era novidade para mim entrar ali naquela “caverna”, mas pergunto: e se por acaso em vez de mim lá tivesse entrado uma criança ou um adulto que desconheçam completamente aquele local e caminhem em direcção ao precipício? Não sei se já ali aconteceu algum acidente, mas penso que antes que algo aconteça, o proprietário de tal imóvel deveria de “barricar” pelo menos aquela entrada… É um autêntico “poço da morte” que ali se encontra… esperemos que nada aconteça, porque senão quem serão os responsáveis?
4 comentários:
Infelizmente, neste país, não adianta denunciar; as pessoas só actuam à posteriori, após ocorrer alguma tragédia humana.
É o que se chama um país de "brandos costumes"....o mesmo que permite que a situação deste edifício se arraste indefinidamente no tempo...Mas, se acontecer um acidente, de quem será a responsabilidade?
Pa mandar ali umas rapidinhas...que dizes hein?!
Pa outra coisa não estou a ver mesmo...Ah, partir a cabeçona!
Caro Cova Juliana
Quanto a mim, o melhor a fazer a este mamarracho (como a outros que há pela serra) era arrasá-lo pelas fundações e remover o entulho. Nunca se devia ter construído; mas já que o mal está feito, o que há a fazer é, obviamente, desfazê-lo.
Mas escrevo por outra razão. É que o monte de entulho doméstico que denunciaste há algumas semanas, perto do parque de campismo do Pião, já foi removido! Será que a tua denúncia, desta vez feita pelos canais "normais", colheu? Até custa a crer mas, aparentemente, assim foi. Note-se que aquilo já lá estava pelo menos desde o Outono de 2006.
Supondo que a tua queixa teve algum papel neste processo, quero aqui deixar-te os agradecimentos do Cântaro Zangado (que obviamente estendo à AdC, ou lá quem foi que limpou aquele lixo)
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