terça-feira, setembro 04, 2007

Souvenirs de uma caminhada

No passado dia 21 junho desloquei-me à Serra para caminhar um pouco por algum dos locais “onde a natureza vive”.

O sítio escolhido era a zona das Salgadeiras. Gosto daquele local, e este ano com a quantidade de precipitação que ocorreu, o nível de água está bem diferente do de outros anos. Para além disso, é relativamente rápido o acesso a esta zona, o que para quando não se tem assim muito tempo acaba por ser uma pequena vantagem.

Estacionamos o carro e lá vamos nós a caminho daquele spot. Tudo corria bastante bem até que começamos a deparar-nos com os efeitos causados possivelmente pela falta de civismo das pessoas ajudados pelas condições adversas que por vezes fustigam a zona mais alta da Serra. Um bocado de plástico aqui, uma garrafa de cerveja ali, era o belo do panorama que estava diante dos nossos olhos.

Revoltado com o que estava a ver, decidi meter mãos à obra e repetir o que tinha feito aquando da Caminhada Ambiental na Serra da Estrela… apanhar o lixo que ía encontrando. Assim, lá peguei num saco plástico que estava preso nuns arbustos e lá comecei a efectuar a recolha de autênticos souvenirs que ía encontrando. Em pouco mais de 10 minutos tinha o saco cheio. A foto que apresento a seguir representa o resultado dessa pequena recolha. Apesar de revoltado senti que tinha feito um pouco mais pela salvaguarda da nossa Serra.

Pouco tempo depois (meados de Agosto), lá volto eu ao mesmo local, desta vez para ir até à Lagoa da Paixão. Não consegui lá chegar… Porquê? Veja a imagem em baixo, porque é a resposta gráfica a esta questão.

É verdade, não consegui ficar novamente indiferente ao lixo que encontrei por onde ía passando… Agora encontrar, por exemplo, um pedaço de vinil a imitar madeira num curso de água junto às Salgadeiras alguém me consegue explicar esta situação? A única que eu consegui arranjar é a de algum “skuador” ter deixado voar a sua “prancha de sku” e não se ter preocupado em a recolher… afinal o lixo é tanto que mais coisa menos coisa não importa nada.

Será que as entidades responsáveis, para além de sensibilizar, não poderiam tomar medidas mais drásticas para os “t(u)ristes” que vêm à nossa Serra da Estrela (que também é deles) e que não têm comportamentos compatíveis com o estar a usufruir de uma zona que é Parque Natural?

Creio que se o acesso ao maciço central fosse condicionado, apenas iriam a esse local os verdadeiros amantes dos locais “onde a Natureza (ainda) vive”. Em vez disso, lá nos temos que aguentar a recolher lixo deixado por outros nos locais por onde vamos passando…

...triste sina a desta Serra…

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