Dia e Hora: Domingo, 12 Novembro 2006, 11:30h
Condições Metereológicas: céu limpo, temperatura aproximada 20º
Eram 11h da manhã quando alguns visitantes do Covão da Ametade avistaram, dentro de água (gelada), aquilo que parecia ser um dos míticos telemóveis mais vendidos em todo o mundo... o 3310 da Nokia.
O sentimento inicial era de impotência uma vez que não havia meios para proceder ao resgate do mesmo.
O aglomerado de pessoas começa-se a sentir e as primeiras tentativas de pedido de auxílio não são bem sucedidas. A antena de telemóvel, recém instalada na zona do centro de limpeza de neve teima em não ajudar e o pânico começa a instalar-se.
Provavelmente o objecto em causa estaria já a sofrer de hipotermia, uma vez que já se encontrava dentro de água á alguns dias.
É então que algumas pessoas tentam desesperadamente, com a ajuda de alguns ramos secos, trazer o naufrago à superfície e tentar reanimá-lo à beira rio.
Com muito esforço e alguns minutos de tentativas a operação é bem sucedida e o que parecia ser um Nokia 3310, apenas se tratava de uma capa do mesmo telemóvel...
Que teria acontecido ao resto do objecto?! Será que foi comido por alguma truta?! Ou será que algum lobo que por ali passava quis fazer uma chamadinha para alguns dos seus familiares e dizer-lhes que fizeram bem em sair da Serra, que está cada vez pior?! A dúvida ficou instalada nas mentes das pessoas que estavam no local... e reza a história que todas as noites, por volta das 23h se ouve lá ao longe, algures no cântaro magro, o toque de um Nokia 3310 que alguém um dia "esqueceu" na Serra da Estrela...
Tentei, através desta novela ficcionada, retratar o "salvamento" de um pequeno troço de plástico, que provavelmente demoraria centenas de anos a desaparecer se não fosse por esta intervenção. Gostaria de lançar este desafio... quando se deparar com algo do género faça o mesmo e conte-me a sua história... com histórias destas, ajudamos a limpar a Serra e quem sabe um dia, escrevemos uma enciclopédia... infelizmente!
Sem comentários:
Enviar um comentário